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terça-feira, 27 de novembro de 2012

DIREITO DE CEGAR AGRESSOR


IRANIANA DEFORMADA GANHA NA JUSTIÇA DIREITO DE CEGAR AGRESSOR

Imagens mostram Ameneh Bahrami antes do ataque, em 2004, (à dir.) e agora, em visita a Teerã, depois do tratamento (à esq.) ao qual foi submetida em Barcelona, na Espanha, com a ajuda financeira do governo iraniano
A iraniana Ameneh Bahrami, 34, ficou desfigurada depois que um colega de faculdade com quem ela não queria se casar atirou ácido em seu rosto. Em 2011, ela obteve o direito de aplicar a Lei de Talião, mas, na última hora, perdoou o agressor.
Residente na Espanha, Ameneh voltou ao Irã para lançar sua biografia “Auge um Auge” (“olho por olho”, em alemão), sem previsão de lançamento no Brasil.
Leia o depoimento de Ameneh Bahrami à Folha:
“Nasci de um pai militar e de uma mãe professora de escola primária e tive uma infância feliz crescendo ao lado de minhas duas irmãs e dois irmãos em Teerã. 
Terminado o segundo grau, me inscrevi na faculdade de Engenharia Eletrônica na Universidade Eslamshahr. 
Em 2003, uma senhora me telefonou dizendo que tinha um filho que estudava comigo e queria me pedir em casamento. Ela me disse seu nome, Majid Movahedi, e então fui conferir quem era.
Eu o conhecia de rosto, mas não sabia seu nome. Quando a mãe me ligou de novo, contei que não estava interessada. Não ia com a cara dele e, além disso, ele um dia havia mexido comigo durante uma oficina de laboratório, tocando minhas coxas. 
Mas ela continuou ligando, dizendo que seu filho era homem e, por isso, tinha direito de escolher quem bem entendesse para ser sua mulher. Após meses recebendo ligações, exigi que ela parasse de telefonar. Ela respondeu que seu filho iria se matar se não se casasse comigo. 
Meses depois, me formei e consegui um emprego numa empresa de equipamentos médicos. 
Eu só soube muito tempo depois que Majid naquela época vivia me seguindo e levantando todo tipo de informação a meu respeito, desde horários até nomes de colegas. 
Certa vez ele me ligou dizendo que estava disposto a me matar se eu não me casasse com ele. Não levei a sério e continuei vivendo normalmente, até que um dia, em outubro de 2004, eu o vi me esperando na frente da empresa. 
Repeti que não o queria e contei que tinha um marido. Majid respondeu: ‘É mentira, pois sei tudo a seu respeito. Case comigo ou vou arruinar sua vida’. 
Dois dias depois, saí do trabalho por volta das 16h30 e caminhava pela rua quando senti alguém apressado atrás de mim. Deixei a pessoa me ultrapassar e vi que era Majid, com um frasco na mão. 
Ele atirou um líquido no meu rosto, pensei que fosse água quente. Ele riu e saiu correndo, e minha vista escureceu. 
A última coisa que meus olhos enxergaram foi o tênis de Majid. Logo senti uma queimação atroz e entendi que o líquido que escorria pelo meu rosto não era água quente, mas ácido sulfúrico. 
Comecei a gritar no meio da rua e arranquei desesperadamente minha roupa e até meus calçados, que não paravam de queimar. 
Doía muito e eu não enxergava nada. Trouxeram água e eu molhei minhas mãos e braços, mas o efeito foi pior, pois minha pele começou a ferver. Um homem me disse: Não leve a água à cabeça, senão seu rosto vai se desmanchar. 
Fui levada de hospital em hospital até ser atendida. 
Nem na clínica de queimados sabiam o que fazer comigo. Diziam nunca ter visto um caso assim. Cinco horas depois, um médico anunciou que meu olho esquerdo estava perdido e que meu olho direito tinha chance de ser salvo. 
Com ajuda financeira do então presidente Mohammad Khatami, fui fazer tratamento em Barcelona, onde uma operação bem-sucedida me permitiu recuperar 40% da visão do olho direito”.
Sem dinheiro nem teto
Ameneh Bahrami conta que com a eleição em 2005 do atual presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ele cortou a ajuda financeira que ela recebia do governo iraniano. “Mergulhei numa situação muito difícil na Espanha, sem dinheiro nem teto”.
Ela relata que em 2007, pegou uma infecção num abrigo social e perdeu de vez o olho direito. “Foi aí que decidi voltar ao Irã para pedir a Lei de Talião (olho por olho, dente por dente, criada na Babilônia antiga)”.
Apesar da Justiça iraniana argumentar que a lei nunca era aplicada, Ameneh Bahrami ganhou a causa no ano passado.
O agressor Majid já estava no hospital judiciário para ser cegado, quando Bahrami anunciou que o perdoava. “Ele se jogou no chão e beijou meus pés”.
“No fundo eu nunca quis aplicar a Lei de Talião. Jamais poderia fazer isso, não sou selvagem. Eu queria mesmo chamar a atenção para o caso e evitar que outras pessoas passem pelo que sofri”, disse Ameneh Bahrami.
“Hoje o que importa é o dinheiro. Quero que ele me pague 150 mil. Mas ele foi solto pela Justiça, que não gostou de eu ter recuado da lei.
Há muita complicação, mas continuo atrás do dinheiro. Volto dentro de alguns dias para Barcelona, onde sigo tratamento e vivo com a ajuda que Ahmadinejad retomou depois que eu perdoei Majid.
Um médico na Espanha acha que pode recuperar meu olho esquerdo. Enquanto isso, quero que meu livro saia no mundo todo”.
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Fonte: Folha

BRIGA DE MARIDO E MULHER



‘EM BRIGA DE MARIDO E MULHER, CIVIL METE A COLHER’, DIZ DELEGADA.

A delegada Marta Rocha é chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro desde 2011
Nove homens acusados de assassinato ou tentativa de homicídio contra mulheres foram presos nesta sexta-feira (23) pela Polícia Civil. As capturas, segundo a chefe da instituição, delegada Martha Rocha, marcam o Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra a Mulher, que será comemorado neste sábado (24). Todos tinham mandados de prisão pendentes.
“Fica o alerta para todos: em briga de marido e mulher, a Polícia Civil mete a colher”, afirmou Martha Rocha. Ela ressaltou que quatro novas Delegacias Especiais no Atendimento à Mulher (Deam) devem ser inauguradas até março em Nova Iguaçu, São Gonçalo, Campos e Cabo Frio.
A partir de investigações de delegacias distritais, policiais das 11 Deams desencadearam a operação desta sexta-feira em todo o estado. Os suspeitos estão envolvidos em casos registrados desde 2004.
“Essa foi a maneira da Polícia Civil comemorar a data”, ressaltou Martha Rocha, referindo-se às prisões.
Ainda de acordo com a chefe de Polícia, todos os mandados de prisão pendentes relacionados a homicídio ou tentativa de homicídio contra mulheres serão cumpridos até o fim do ano. Mais de 20 suspeitos são procurados.
Explicação
Perguntada sobre o motivo de as prisões só terem ocorrido na véspera do Dia da Eliminação da Violência contra a Mulher, a delegada afirmou que a corporação sempre tenta cumprir os mandados de prisão pendentes. “Nesse momento foi possível prendê-los, mas isso não quer dizer que a polícia não tenha tentado capturá-los antes”.
Ela também fez um apelo às mulheres, pedindo para elas procurarem a polícia logo no primeiro caso de agressão. “A violência doméstica não está maior. O que aumentou foi o número de notificações”, concluiu a policial.
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Fonte: O Dia
Fonte: http://www.verdadegospel.com

PRIMEIRO TRANSPLANTE DE FACE


MULHER DO 1º TRANSPLANTE DE FACE FALA COMO PERDEU O ROSTO

Isabelle Dinoire diz que pensa constantemente na mulher morta cuja face recebeu no transplante
Ao se olhar no espelho, o que a francesa Isabelle Dinoire vê é uma mistura de duas pessoas – ela própria e a mulher cujo rosto recebeu no primeiro transplante facial da história, há sete anos.
“O mais difícil é me encontrar outra vez, como a pessoa que eu era, com a face que eu tinha antes do acidente. Mas eu sei que isso não é possível”, diz a francesa, de 45 anos e mãe de dois filhos.
“A doadora está sempre comigo”, afirma Dinoire à BBC, em uma rara entrevista. Após um momento ela complementa: “Ela salvou minha vida”.
Dinoire regularmente recusa pedidos da mídia por entrevistas e raramente concorda em ser fotografada. Na entrevista à BBC ela parece relaxada e autoconfiante, mas sua experiência traumática deixou suas marcas, físicas e mentais.
Ela ainda tem uma cicatriz visível que passa por cima de seu nariz e sob o queixo, onde os médicos especialistas do Hospital Universitário de Amiens, no norte da França, passaram 15 horas costurando o rosto da doadora ao seu. Um de seus olhos ainda parece levemente caído.
Poça de sangue
Dinoire passou um tempo reclusa após o transplante por temor à atenção recebida da mídia
Falando com um pouco de dificuldade – e com uma simplicidade quase alarmante – ela conta como, em uma crise de depressão em maio de 2005, tomou uma overdose de pílulas para dormir em uma tentativa de suicídio.
Ela acordou ao lado de uma poça de sangue, com seu cão labrador ao seu lado. O cachorro aparentemente encontrou-a inconsciente e, desesperado para acordá-la, arrancou um pedaço de seu rosto.
“Não podia nem começar a imaginar que era minha cara ou meu sangue – ou que o cachorro havia mastigado meu rosto”, ela diz.
Os ferimentos em sua boca, seu nariz e seu queixo eram tão graves que os médicos imediatamente descartaram uma reconstrução facial de rotina. Em vez disso, eles propuseram um pioneiro transplante de face.
“Desde a primeira vez que eu me vi no espelho após a operação sabia que era uma vitória. Eu não parecia bem por causa de todos os curativos, mas tinha um nariz, tinha uma boca – era fantástico”, ela diz. “Eu podia ver nos olhos das enfermeiras que tinha sido um sucesso”.
Incapaz de falar direito por causa da traqueostomia feita para a operação, tudo o que ela podia murmurar era um simples “obrigado”.
Olhares curiosos
A felicidade de Dinoire ao ver sua nova face, porém, rapidamente azedou. Ela estava completamente despreparada para a atenção que o caso atraiu para ela.
Perseguida pela mídia, acossada por gente na rua e por olhares curiosos, Dinoire passou meses após a operação escondida em sua casa, sem se aventurar do lado de fora.
“Foi penoso. Eu vivo em uma cidade pequena, então todo mundo sabia da minha história. Não foi fácil no começo. As crianças riam de mim e todos diziam: ‘Olha, é ela, é ela’”, conta. Ela diz ter se sentido como “um animal de circo”.
Hoje em dia, as pessoas ainda a reconhecem na rua, mas a atenção não é “tão brutal” como antes, ela diz.
“Com o tempo eu me acostumei à minha própria cara. É assim que eu me pareço, como eu sou. Se as pessoas me olham com insistência, eu não ligo mais, só fico olhando de volta”, ela conta, com um leve sorriso no rosto.
Riscos e benefícios
Mas será que sua personalidade mudou também com sua aparência exterior? “Não”, ela responde rapidamente. “Eu ainda sou a mesma, só com uma face diferente”, diz.
De acordo com a professora Sylvie Testelin, uma das médicas que operou Dinoire em Amiens, nem todos os pacientes com ferimentos faciais graves podem receber um transplante.
Em 2005, ninguém estava realmente seguro sobre os efeitos de longo prazo em pacientes que tomavam coquetéis de drogas para o resto de suas vidas para prevenir a rejeição do novo tecido pelo corpo.
Mas no caso de Dinoire – e de duas outras pessoas na França que passaram com sucesso por transplantes de face desde então – os benefícios de longe superam os riscos. ”Ninguém pode imaginar o que é viver sem um rosto. Ela (Dinoire) pode. Mas precisamos garantir que é a opção correta para o paciente”, diz Testelin.
Em todo o mundo, já houve cerca de uma dezena de operações do tipo com sucesso – nos Estados Unidos, na Espanha, na Turquia e na China. “Você não pode imaginar o número de pessoas que querem transplantes, mas não é um jogo ou uma corrida para fazer mais e mais”, diz ela.
Segundo Testelin, um dia Dinoite poderá ter que enfrentar a possibilidade de uma rejeição da face por seu corpo. Como sua médica, ela também tem que estar preparada para isso, mas diz esperar que isso nunca ocorra.
Dinoire é mais serena sobre seu futuro. “Eu digo a mim mesma que tudo vai ficar bem. Se eu tomar meus remédios, tudo vai ficar bem”, ela diz.
‘Doação mágica’
Ela passa seus dias visitando alguns poucos amigos próximos e passeando com seu novo cão de estimação – ela ficou arrasada quando o labrador que ela tinha em 2005 teve que ser sacrificado.
Ainda sujeita a crises de depressão, ela diz pensar constantemente sobre a mulher morta cuja face recebeu. Logo após a operação, ela se via surfando na internet à procura de detalhes sobre a doadora anônima – cuja identidade deverá ficar protegida, de acordo com as leis francesas.
“Quando me sinto para baixo, ou deprimida, eu me olho no espelho outra vez e penso nela. E digo a mim mesma que não posso desistir. Ela me dá esperança”, diz.
Dinoire diz que gostaria até mesmo de um dia poder encontrar a família da doadora, para agradecê-los pelo que descreve como sua “doação mágica”.
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Fonte: BBC Brasil